Resposta do TRG às alegações feitas através da publicação do Jornal A Nação referente ao artigo constante do número 701 de 4 de Fevereiro de 2020 sobre The Resort Group PLC

Caro Leitor,

Vimos exercer o nosso direito de resposta perante as alegações feitas pelo jornal A Nação sobre o TRG, respondendo, ponto a ponto, com transparência para melhor compreensão por parte do leitor. A publicação é uma completa deturpação da verdade, pelo que está incorreta. Assim, a fim de restabelecer a verdade e os factos, poderá encontrar infra o comentário original de A Nação com a respetiva resposta do TRG a cada questão levantada:

A Nação comentou que “o The Financial Ombudsman Service alegou ter recebido 400 reclamações contra um fundo de pensões denominado por Rowanmoor que investiu pensões de clientes no TRG”

RESPOSTA DO TRG: O TRG confirma que este é um assunto que deve ser resolvido entre o Consultor Financeiro Independente (IFA) e a autoridade regulatória de conduta financeira - “Financial Conduct Authority” (FCA). A nossa responsabilidade limita-se à disponibilização de um imóvel com base no respetivo contrato promessa de compra e venda assinado entre as partes. O TRG não tem qualquer envolvimento nas reclamações apresentadas, uma vez que nunca foi, nem pretendeu ser, um Consultor Financeiro Independente (IFA), nem representa as autoridades regulatórias competentes. Além disso, o TRG nunca providenciou qualquer tipo de recomendação ou conselho aos clientes que pretenderam adquirir um dos seus imóveis.

A Nação comentou que “Até hoje, o Esquema de Compensação da FCA que assume a responsabilidade de pagar indemnizações aos investidores que foram mal aconselhados já recebeu 453 reclamações relacionadas com o TRG e, como consequência, já pagou 5,9M libras esterlinas em indemnizações relacionadas com consultores que investiram no TRG e foram à falência”.

RESPOSTA DO TRG: Trata-se de um assunto que envolve apenas o Provedor Financeiro (Ombudsman) do Reino Unido, a Autoridade Regulatória de Conduta Financeira - “Financial Conduct Authority” (FCA) e o Esquema de Compensação dos Serviços Financeiros - “Financial Services Compensation Scheme” (FSCS). Estas queixas não foram apresentadas contra o TRG. Estas queixas foram apresentadas contra Consultores Financeiros Independentes (IFAS), cuja atividade é regulada pelas autoridades competentes do Reino Unido.

A Nação comentou que “Uma investigação liderada pela FCA relacionada com o TRG foi iniciada em 2017 e ainda está em curso”.

RESPOSTA DO TRG: Esta investigação encontra-se relacionada com as reclamações feitas contra os IFAs, conforme supramencionado, e não contra os imóveis que o TRG vendeu aos clientes.

A Nação comentou que “A Evening Standard informa que o site do TRG ainda procura investidores com publicidade dirigida a investidores que invistam no mínimo 20.000 libras, prometendo um retorno de até 18% em 3 anos, bem como 5 semanas de utilização”

RESPOSTA DO TRG: No contrato de compra e venda não há garantia de quaisquer lucros. O lucro dos clientes que compraram imóveis do TRG e optaram por entrar num “contrato de rental”, baseia-se no facto desses clientes receberem 50% do preço do quarto, que está sujeito ao nível de ocupação e sazonalidade. O preço do quarto e a taxa de ocupação podem flutuar, assim como os respetivos lucros. É celebrado um contrato entre o TRG e o cliente, que tem a opção de contratar com o TRG a exploração turística do seu imóvel ou exercer a gestão privada do mesmo, ou utilizá-lo na íntegra para seu uso pessoal. Por lei, qualquer pessoa que adquira um imóvel utilizando a sua pensão, tendo recebido aconselhamento financeiro independente no Reino Unido, regulamentado pelas autoridades do Reino Unido, não tem permissão para fazer uso pessoal do respetivo imóvel. Os clientes que investem através dos seus fundos próprios não relacionados com pensões podem utilizar o seu imóvel por um período até 5 semanas.

A Nação comentou que “Os baixos lucros pagos pelo TRG aos seus investidores resultam da crise financeira do TRG que foi criada artificialmente (de acordo com uma fonte bem posicionada)”

RESPOSTA DO TRG: Os clientes recebem extratos trimestrais com a demonstração dos seus proveitos, com uma dedução (o que é perfeitamente normal em todo o mundo) da taxa de serviço. Os proveitos não são manipulados de forma alguma. Estes números são analisados ​​e o cliente é pago. Antes da atual crise pandémica Covid19, pagávamos cerca de sete vezes (700%) a média de lucros expectável proveniente de qualquer depósito bancário realizado no Reino Unido.

A Nação comentou que “Alegadamente, o modelo do TRG consistia em adquirir terrenos, desenvolver projetos turísticos e imobiliários ao receber as licenças de construção e certos acordos com o Governo de Cabo Verde e posteriormente vender as unidades a pequenos investidores e pensionistas”.

RESPOSTA DO TRG: É completamente verdade que o TRG avaliou os terrenos disponíveis detidos por vendedores privados ou diretamente pelo Governo Cabo-Verdiano, tendo adquirido os mesmos. A intenção era, e ainda é, a de desenvolver estes terrenos para fins turísticos, obtendo as necessárias autorizações para a realização dessas atividades turísticas que o Governo, veementemente, incentivou. O sector bancário em Cabo Verde não permite que um grupo como o TRG solicite empréstimos de valores suficientes para se financiar sozinho, nem para o mais pequeno dos nossos empreendimentos, o Tortuga Beach Resort e Spa. Isto além dos nossos outros empreendimentos: Llana Beach Hotel e Spa, Dunas Beach Resort e Spa e outras sociedades detidas pelo TRG, como a Bikini Beach. Todos estes projetos apenas beneficiaram o Governo e o povo de Cabo Verde ao gerar PIB adicional para o Governo (que, de outra forma, não teria existido se o TRG não tivesse escolhido Cabo Verde como uma jurisdição de investimento). Estes projetos também criaram um enorme volume de postos de trabalho, o que beneficiou a população de Cabo Verde e não só colocou Cabo Verde no mapa mundial, mas também aumentou o salário médio. Assim, o padrão de vida da população aumentou, bem como este investimento permitiu a criação de fontes de receita adicionais para Cabo Verde, como o INPS. A capacidade do TRG de construir os investimentos referidos e de criar os benefícios enumerados não teria sido possível utilizando o método convencional de financiamento bancário devido à regulamentação Cabo-Verdiana e à falta de liquidez do sector bancário cabo-verdiano.

A Nação comentou que “A maioria dos projetos anunciados em 2007-2008 foram fiascos que ameaçaram transformar a ilha do Sal num cemitério de projetos fracassados: Europa Park, Sal Vista, Cabomaxo, Cabonuba, Paradise Beach, Cotton Bay, Calheta Bay, Murdeira Beach, Vila Verde Resorts II ou Porto Murdeira. Precisamos de reconhecer o mérito do TRG em seguir uma estratégia eficaz e adequada que permitiu a abertura dos seus três projetos que representam uma parte muito importante no PIB do país (representando cerca de 6%) e na criação de empregos, tendo um interesse nacional real”

RESPOSTA DO TRG: Mencionam de forma extremamente sucinta os projetos fracassados ​​na Ilha do Sal. Nós não falhámos. Cumprimos e sempre cumpriremos com as nossas promessas enquanto reagimos simultaneamente às mudanças no mundo exterior. Ficamos perplexos face à decisão em descrever-nos como uma sociedade de sucesso retumbante e, logo em seguida, optarem por difamar a nossa empresa como uma entidade corporativa juntamente com a sua equipa de gestão. Destacam os enormes fracassos de outras sociedades que tentaram desenvolver projetos em Cabo Verde, que são várias, sem entrar em quaisquer pormenores, mas decidem publicar um artigo extremamente negativo contra a nossa sociedade que tanto tem dado a Cabo Verde há já mais de uma década.

A Nação comentou que “Talvez "inchado" com o seu sucesso, o TRG decidiu expandir para São Vicente (Laginha), Santiago (Hilton Praia) e Boavista (White Sands e mais cinco resorts projetados em Santa Monica) reduzindo a "abordagem cuidadosa" que tinha até então. O investimento na Laginha não avançou para além da intenção inicial, no Hilton Praia o terreno foi comprado e as novas instalações da Universidade foram construídas quando o projeto teve a sua cerimónia de lançamento da primeira pedra em 2015”

RESPOSTA DO TRG: Mantivemos conversações com o Governo sobre os nossos planos futuros e assumimos compromissos financeiros no sentido de criar um pipeline de novos investimentos que irão estabelecer Cabo Verde como uma força internacional reconhecida no sector turístico. 'Roma não foi construída num dia' e, no mesmo sentido, não podem todos estes projetos ser construídos em simultâneo devido à falta de liquidez no mercado. Todas estas discussões foram levadas a cabo para solidificar os nossos futuros investimentos em Cabo Verde. Trata-se de um assunto com o qual o Governo se encontra extremamente satisfeito e podemos certamente afirmar que não houve qualquer fila de outras entidades para investir no terreno que identificaram. As nossas futuras propostas de investimento levarão o devido tempo até serem implementadas e é impossível determinar um prazo específico, uma vez que não controlamos o sector financeiro em Cabo Verde nem os seus gastos. De igual forma, não controlamos os mercados financeiros internacionais. Revelámos a nossa intenção de investir na Praia, investindo os nossos fundos próprios e utilizando os nossos próprios contactos, sem qualquer apoio externo e fizemos o mesmo na Boa Vista. Cabo Verde não pode esperar que o TRG crie um milagre de forma instantânea do dia para a noite. O que fizemos até agora é, realmente, um milagre, dadas as circunstâncias. Fomos convidados pelo Governo a considerar São Vicente como uma oportunidade de investimento e revelámos claramente ao Governo que, quando estivermos em condições de investir, a Laginha será a nossa área de investimento de eleição. Não houve contratos assinados nem acordos celebrados e a insinuação de que esse será o caso é totalmente falsa.

A Nação comentou que “Na Boa Vista, o WSH começou em 2015, mas foi interrompido em 2017/18. Apesar de o TRG ter vendido cerca de 500 das 835 unidades por um total de 122M, não mais do que 35 / 38M foram efetivamente investidos no projeto. Mais cedo ou mais tarde haverá um escândalo no Reino Unido e em Cabo Verde com acusações de fraude, refere a nossa fonte”

RESPOSTA DO TRG: A sugestão de fraude não é apenas difamatória, mas é também prejudicial se a insinuação for de que o TRG, o Governo Cabo-Verdiano ou as autoridades do Reino Unido estiveram envolvidos em atividades fraudulentas. Tal simplesmente não corresponde à verdade e é uma declaração completamente bizarra. Este é um assunto sobre o qual nos encontramos a receber aconselhamento jurídico com base na gravidade das declarações apresentadas. Podemos, assertivamente, afirmar que nunca estivemos nem estaremos envolvidos em qualquer atividade fraudulenta, e a sua mera sugestão é mais do que insultuosa.

A Nação comentou que "Os restantes resorts na Boavista nem sequer foram submetidos para aprovação de planeamento e definitivamente não irão avançar porque a SDTIBM terá de encontrar novos investidores para a área" disse a nossa fonte.”

RESPOSTA DO TRG: Esta afirmação é completamente falsa. A área da praia de Santa Mónica será desenvolvida pelo The Resort Group. A STDIBM recebeu fundos para cada um dos terrenos que descrevem e o TRG já celebrou contratos de gestão com três operadores hoteleiros, não tendo celebrado quaisquer outros acordos (tendo recebido solicitações de operadores em número superior ao de terrenos existentes). A razão pela qual não celebrámos contratos de gestão e operação com outras operadoras hoteleiras deve-se ao facto de apresentarem prazos muito curtos (que é a forma como gerem os seus negócios) para desenvolvermos contratualmente. Não temos capacidade para desenvolver as restantes parcelas de terreno dentro daqueles prazos e, portanto, não quisémos celebrar contratos que não podemos cumprir e prejudicar, dessa forma, a nossa credibilidade no mercado.

A Nação comentou que “de acordo com uma fonte, os investimentos feitos pelo TRG não pertencem propriamente ao TRG. O TRG só tem as partes ​​dos resorts que não podem ser vendidas, tais como cozinhas, armazéns, restaurantes, spa, piscinas e outras áreas de entretenimento, portanto, o TRG possui apenas 8% -10% dos resorts”

RESPOSTA DO TRG: Esta afirmação é completamente ilógica e imprecisa. Conforme referido anteriormente na nossa resposta, os imóveis são vendidos porque a procura fora de Cabo Verde para empréstimos comerciais é praticamente inexistente, nem o enquadramento do sector financeiro em Cabo Verde se presta a suportar as grandes ambições e planos que o TRG tem para o futuro. As percentagens que apresentam para o que foi vendido e o que foi retido são completamente imprecisas. É impossível dizer, a título exemplificativo, que as piscinas do Dunas Beach Resort e Spa – que quase poderiam encher o Estádio de Wembley no Reino Unido – apenas constituem as percentagens que mencionam no vosso artigo. Isto, sem considerar todos os bares, restaurantes, áreas comuns e imóveis que o TRG manteve.

A Nação comentou que “Ao contrário dos outros grandes hotéis de Cabo Verde que geram bons lucros, desde 2016, o TRG passou a reclamar de problemas de liquidez, uma situação criada artificialmente.”

RESPOSTA DO TRG: Não criámos lucro artificialmente. Os valores de lucro obtidos, conforme descrevem em maior detalhe no vosso “artigo”, demonstram que as nossas contribuições fiscais para o Governo são inigualáveis. Operamos o nosso Grupo e o nosso negócio da forma que consideramos adequada enquanto equipa de gestão, e os nossos lucros são normalmente provenientes de alimentos e bebidas, juntamente com as estadias por noite através de operadores turísticos. As nossas contas foram aceites por uma das cinco maiores empresas de contabilidade a nível mundial, bem como pelas autoridades fiscais de Cabo Verde, devendo ser aceites pelo facto de serem verdadeiras.

A Nação comentou que “Atualmente existem movimentos de investidores preocupados e até do Governo Britânico no que diz respeito à segurança de Cabo Verde como local de investimento seguro.”

RESPOSTA DO TRG: O Ministério dos Negócios Estrangeiros e da Commonwealth - Foreign and Common Wealth Office (FCO) do Reino Unido certamente terá uma mensagem de aviso que não é específica para o TRG. A mensagem de aviso não se deve às atividades do TRG, mas sim à falha das outras empresas cujos clientes investiram e não receberam o seu imóvel. Ao discutir esta questão, o TRG ajudou Cabo Verde a tentar restaurar alguma credibilidade na venda de imóveis, apesar de existir um número de dois dígitos de empreendimentos relativamente grandes que não são entregues. O TRG entrega quando se compromete a fazê-lo e, como tal, devemos estar de parabéns pelo nosso profissionalismo, competência, agilidade e qualidade.

A Nação comentou que “o TRG liderado por Robert Jarrett tem vindo a acumular dívidas de bancos e fornecedores num total de cerca de 50 milhões de euros - 10M € para Abanca, 12M € para Helios, 15M € para bancos Cabo-Verdianos, 10M € para fornecedores locais e 3M € para o INPS, Fundo de Turismo e Repartição de Finanças”.

RESPOSTA DO TRG: Os números que apresentam são completamente imprecisos e, portanto, incorretos. Independentemente disso, tendo o TRG investido mais de meio bilhão de euros, seria de esperar que apresentássemos um valor em dívida muito superior, provavelmente algo em torno de 50-65% dos valores investidos. Os números que apresentam, embora imprecisos, acabam, de certa forma, por demonstrar a capacidade comercial e financeira do TRG.

A Nação comentou que “Especialistas contatados pela A Nação disseram que não deveria haver risco de colapso visto que os hotéis eram operações lucrativas até dezembro de 2019. Além disso, o TRG / Rob Jarrett criou uma engenharia financeira que lhe forneceu alguma margem de manobra nesta fase, o que lhe permitiu ultrapassar esta crise. Por exemplo, criou subempresas dentro dos resorts (BRM e Condomínio Management Company) que “corroeram uma parte substancial dos lucros dos resorts”. Isto permitiu que ele pagasse um bom retorno aos investidores”.

RESPOSTA DO TRG: Esta afirmação é o equivalente a patético. Nos casos em que os clientes não optaram pelo “contrato de rental”, eles pagam diretamente ao TRG pela gestão, manutenção e conservação do resort em geral (esta é uma prática comum em todo o mundo). Quando um cliente opta pelo “contrato de rental”, por uma questão de conveniência para os nossos clientes, o TRG deduz a taxa de serviço das receitas do cliente. O que não tem nada a ver com a declaração de lucros dos Resorts. A vossa afirmação de que esta dedução ou cobrança faz parte do lucro do Resort é completamente falsa: como em qualquer outro condomínio e mesmo em muitos conjuntos habitacionais a nível mundial, é devida uma taxa de condomínio para a manutenção das áreas. A única diferença entre a abordagem do TRG em relação a esta e outras sociedades é que a nossa cobrança é excecionalmente baixa e não aumentou (o que não é uma prática comum) desde há vários anos. Em circunstâncias normais, o valor da taxa de serviço deveria aumentar numa base anual.

A Nação comentou que “Também desde 2016 começou a desviar parte das receitas da operação para uma empresa de fachada chamada WPT (Worldwide Paradise Travel). Em vez de assinar os contratos diretamente com os hotéis (Tortuga, Dunas e Llana) e com o operador turístico (TUI, Thomas Cook, etc.) Rob Jarrett (TRG) impôs à Melia e ao Operador Turístico que todas as receitas fossem para a WPT, uma sociedade que é 100% sua - referiu a nossa fonte anónima. Esse mecanismo não só prejudicou os investidores, mas também permitiu uma escandalosa evasão fiscal.”

RESPOSTA DO TRG: Podemos confirmar categoricamente que não há absolutamente nenhuma irregularidade e que nos sentimos perfeitamente à vontade para sermos total e abertamente escrutinados sobre todas as nossas questões fiscais que dizem respeito a Cabo Verde.

A Nação comentou que “estamos perante uma falência fraudulenta (ou pré-falência) porque tudo isto foi forjado de forma consciente. Fazendo as contas, estamos perante um desvio de quase 80 milhões de euros nos últimos três anos, num claro abuso e desrespeito para com os investidores e uma evasão fiscal em larga escala avaliada em 15M € nos últimos três anos”

RESPOSTA DO TRG: Refutamos completamente qualquer sugestão de falência fraudulenta ou pré-falência. Não desviámos quaisquer verbas sobre as quais devíamos pagar impostos e certamente não estamos envolvidos em qualquer questão de fraude. Todos os assuntos relativos à atividade fiscal do Grupo são sujeito a auditorias rigorosas.

A Nação comentou que "Além disso, Rob Jarrett, desde outubro, violou as regras de layoff, reduzindo unilateralmente o pagamento do salário e vem solicitando ao Governo o apoio sob a ameaça de fechar o negócio"

RESPOSTA DO TRG: Novamente, esta afirmação não corresponde à verdade. Não houve nenhuma ameaça dirigida ao Governo. Na verdade, o Presidente Executivo, Robert Jarrett, teve a oportunidade de oferecer em várias ocasiões o seu total apoio ao Governo de forma totalmente gratuita. Esse apoio incluiria o uso da sua força de trabalho ou do Robert Jarrett pessoalmente, para presidir quaisquer comissões e fornecer sugestões construtivas em nome do sector privado. O TRG não pensa que ninguém é irrepreensível e tem o direito à sua própria opinião, sobre a qual tem sido transparente. O Presidente Executivo Robert Jarrett foi galardoado com medalhas do Presidente da Câmara do Sal e do Presidente da República pelo seu extenso trabalho em Cabo Verde e pelo impacto que tem tido no país, sendo que esta publicação opta apenas por tentar pintar um quadro muito diferente do nosso grupo que é totalmente falso.

A Nação comentou que “Além disso, de acordo com o Diário da República n.º 8 II série de 15 de Dezembro, Jarrett desmantelou o Conselho de Administração de todas as suas empresas Cabo-Verdianas, tornando-lhe ainda mais fácil a tomada de qualquer decisão”.

RESPOSTA DO TRG: O Presidente Executivo, Robert Jarrett, já tinha a capacidade de tomar decisões com base na sua posição de acionista no Grupo. As alterações societárias foram realizadas simplesmente porque várias pessoas mudaram de residência ou foram transferidas para cargos diferentes em empresas diferentes, pelo que isso foi efetuado nos termos da lei.

A Nação comentou que “Para outro observador, também anónimo, “é importante proteger o interesse de milhares de pequenos investidores estrangeiros que confiaram em Rob Jarrett, proteger uma propriedade que tem grande peso na oferta turística do país, proteger o empregos e trabalhadores e aplicar a justiça fiscal a todos e proteger a imagem do país como país credível, sério e obediente às leis.”

RESPOSTA DO TRG: Concordamos que é importante proteger todos os investidores que investiram nos nossos imóveis, bem como agir sempre com profissionalismo. É verdade que o TRG tem um peso significativo na oferta turística do país, diretamente como resultado do desenvolvimento bem-sucedido em Cabo Verde. Poderíamos ter escolhido investir a nossa experiência noutro país, mas escolhemos Cabo Verde, que tem beneficiado imensamente desse facto. Sempre defendemos a lei, a imagem e a reputação da nossa sociedade em Cabo Verde. O Presidente Executivo, Robert Jarrett, referiu-se sistematicamente a si próprio e ao TRG como visitantes de Cabo Verde respeitadores das leis vigentes. Robert Jarrett não sabe, nem influenciou clientes a comprar imóveis do TRG.

A Nação comentou que "Outra lição a aprender é a necessidade de as autoridades fiscais e turísticas de Cabo Verde, apesar de o Governo se ter declarado “amigo dos investidores”, começarem a fazer o seu trabalho de forma mais independente, profissional e rigorosa. Os investidores já recebem benefícios suficientes tanto durante a construção como nos primeiros anos de operação, pelo que as receitas do Estado, como a taxa turística, o IVA ou o IRC, têm de ser cobradas com rigor, o que requer o controlo de todas as declarações fiscais e não aceitar qualquer exceção. Claro que isso significa que os agentes do Estado necessitam de uma boa preparação técnica, profissional e moral. O Governo precisa agir com firmeza contra esta fraude”.

RESPOSTA DO TRG: Durante doze anos, o TRG trabalhou incansavelmente em Cabo Verde e entregou mais do que prometeu. Pagámos todos os nossos impostos. Isto foi aceite quer pelos nossos auditores, quer pelo Governo Cabo-Verdiano. Não temos nenhum problema com as autoridades fiscais e negamos categoricamente que tenha havido qualquer irregularidade ou fraude fiscal.

A Nação comentou que “Victor Fidalgo foi consultor do TRG por mais de 10 anos, tendo saído em março de 2020 após o seu relacionamento com o proprietário se ter começado a deteriorar nos últimos três anos devido a decisões de gestão com as quais ele não concordava”

RESPOSTA DO TRG: No geral, tal afirmação não corresponde à verdade. Está implícito no artigo publicado que o Victor Fidalgo optou por sair do The Resort Group. Na verdade, foi sugerido pelo Presidente Executivo que o Victor Fidalgo deveria deixar a sua função altamente remunerada enquanto Consultor do TRG em virtude da verificação de uma quebra fundamental de confiança e segurança. A relação entre o Victor Fidalgo e o Presidente Executivo Robert Jarrett começou a deteriorar-se quando se descobriu que o Victor Fidalgo se encontrava a negociar projetos com sociedades concorrentes. Quando questionado sobre o assunto, geraram-se atritos no relacionamento profissional entre as partes, tendo resultado na referida solicitação ao Victor Fidalgo em deixar o Grupo. Consideramos que é altamente hipócrita que um relatório prejudicial sobre o TRG seja amplamente baseado em comentários de um ex-associado que se encontra insatisfeito com o Grupo.

A Nação comentou mais sobre os comentários do Victor Fidalgo, afirmando que “'Infelizmente, devido a certas decisões de gestão, a situação do TRG era muito má e em 2019, mesmo antes da pandemia, o grupo parou todos os seus investimentos e já estava com uma dívida muito elevada.”

RESPOSTA DO TRG: As questões em 2019 não estão relacionadas com as decisões de gestão, mas sim com desafios importantes enfrentados pelo Grupo em relação ao projeto White Sands Hotel. Além disso, o Grupo enfrentou dificuldades com a conclusão de transações que visavam garantir financiamento institucional, tendo, de facto, um grande Banco Africano negociado com o TRG e com o Governo de Cabo Verde o empréstimo de cerca de 500 milhões de dólares americanos, 350 milhões dos quais destinados ao turismo e o restante para infraestruturas. Enquanto maior investidor estrangeiro em Cabo Verde e maior grupo a operar no sector do turismo, um montante significativo destes fundos encontravam-se prometidos ao TRG, contudo, infelizmente, tal montante nunca foi recebido. Adicionalmente, outro importante Banco Africano tinha aceite emprestar 30 milhões de euros, no entanto, o credor não conseguiu finalizar o financiamento devido a uma reestruturação do seu Conselho de Administração. O Grupo encetou negociações com muitos outros potenciais investidores e, de facto, manteve as negociações para garantir financiamento até ao início da pandemia Covid19 que, basicamente, impediu qualquer progresso com o mesmo. Pelo que sugerir que as decisões de gestão foram inadequadas é altamente desonesto. Na verdade, o Grupo tem-se comportado de forma excecional para enfrentar alguns dos momentos mais difíceis e desafiantes da sua história.

A Nação comentou que o Victor Fidalgo “não fazia parte da equipa de vendas, mas sei que a partir de um certo ponto as vendas começaram a ser um desastre, não no sentido de que não houve vendas, mas na forma como foi utilizada a receita das vendas. Quando comecei a perceber isso, comecei a pensar que não pertencia a este lugar porque havia sinais claros de gestão danosa”.

RESPOSTA DO TRG: Os comentários do Victor Fidalgo sobre a alegada má gestão da sociedade são falsos. Na verdade, o Presidente Executivo não recebeu qualquer rendimento ou salário durante oito dos últimos dez anos.

A Nação comentou que “Em relação a uma eventual evasão fiscal, Victor refere que não estava na parte operacional do negócio, mas acha que a repartição de finanças deveria estar mais atenta”

RESPOSTA DO TRG: Em relação aos comentários do Victor Fidalgo sobre uma alegada evasão fiscal, essa afirmação não é, claramente, dirigida ao TRG. Concordamos com a afirmação de que a função da repartição de finanças é de ser vigilante, mas também podemos afirmar, por experiência própria, que acreditamos que tem sido vigilante devido ao simples facto de, por exemplo, se existir apenas um dia de atraso no pagamento de uma prestação tributária, somos fortemente penalizados. Assim, decidimos ter dois departamentos fiscais no TRG, um em Cabo Verde e o outro em Gibraltar, para garantir que todos os impostos devidos sejam sempre pagos atempadamente.

Luis Borges Rodrigues, advogado do TRG, respondeu ao artigo de A Nação realçando “o descontentamento "dos investidores britânicos que afirmam que o artigo do Evening Standard não se referia a qualquer reclamação feita contra o TRG”

RESPOSTA DO TRG: Luis Borges Rodrigues esclareceu que as reclamações não foram apresentadas contra o TRG, mas sim contra os Consultores Financeiros Independentes (IFAs) que são regulados pela Autoridade Regulatória de Conduta Financeira - “Financial Conduct Authority” (FCA) – do Reino Unido.

Luis Borges Rodrigues comentou à A Nação que “O TRG não prometeu rendimento. O que o TRG prometeu foi vender um imóvel em Cabo Verde, gerir esse imóvel e partilhar com o proprietário os rendimentos gerados por aquele imóvel, o que sucedeu. Infelizmente, esses pagamentos tiveram que ser suspensos devido à pandemia. 'Relativamente à situação financeira, o advogado referiu que, no presente, o grupo enfrenta algumas dificuldades financeiras, o que sucede, da mesma forma, com a grande maioria das sociedades hoteleiras Cabo-Verdianas e em todo o mundo”

RESPOSTA DO TRG: Os comentários feitos pelo Luis Borges Rodrigues estão corretos. A referência às dificuldades financeiras do grupo diz respeito à gestão de financiamentos bancários, bem como de credores e devedores. Essa gestão eficaz permitiu ao grupo manter a sua solvibilidade e sustentabilidade. O Presidente Executivo felicitou todos os trabalhadores do TRG pelo seu árduo trabalho e empenho. Salientamos que todos os nossos colaboradores trabalharam arduamente durante um período em que o Grupo não recebeu quaisquer receitas - há mais de um ano - apesar de ter de continuar a fazer face a despesas substanciais.

Luís Borges Rodrigues continua para A Nação dizendo que “A situação financeira do TRG é complicada, impulsionada principalmente e infelizmente pela pandemia COVID19. Estamos a falar de um grupo que emprega 1.500 trabalhadores e, desde março de 2020, quase nos últimos 12 meses, não teve qualquer faturação”.

RESPOSTA DO TRG: Devemos corrigir as datas apresentadas pelo Luís Borges Rodrigues, dado que não recebemos quaisquer rendimentos há mais tempo, o que tornou o nosso trabalho ainda mais difícil. Embora a presente situação seja complicada devido ao que o TRG considera ser uma causa de força maior, os últimos 12 meses tornaram-se muito complicados e difíceis de gerir. Temos a sorte de ter no TRG a experiência necessária para sermos capazes de enfrentar tais complexidades e permanecermos no ativo.

Luis Borges Rodrigues continua à A Nação afirmando que – “Rodrigues garante que não há dívidas tributárias no momento. Com exceção de algumas disputas, que são normais e que dizem respeito a coimas aplicadas das quais discordamos e que se encontram a seguir o devido curso processual”

RESPOSTA DO TRG: Conforme mencionado anteriormente, tivemos coimas fiscais no passado, considerando a magnitude e o número de transações que processamos e a dimensão da nossa sociedade, sentimos que deveria haver alguma tolerância de tempo para processar essas informações com precisão, a fim de apresentar informação profissional e precisa à autoridade tributária. Estas não são disputas particulares, sendo muito comuns numa sociedade da nossa dimensão.

Luís Borges Rodrigues continua a explicar à A Nação – “Relativamente à dívida do grupo de cerca de 50M€, a dívida seria perfeitamente sustentável caso o grupo estivesse a operar. 50M € é um montante elevado, mas temos de ter em consideração a dimensão dos investimentos que ultrapassam o montante de 500 M €. É necessário analisar esta informação de forma proporcional”

RESPOSTA DO TRG: No TRG, não consideramos 50 milhões de euros um montante elevado. Não só investimos centenas de milhões, mas também pagamos impostos, empregamos milhares de pessoas todos os anos e embora não tenhamos analisado estes números de uma forma precisa em termos globais, tal corresponde a factos históricos.

Luis Borges Rodrigues continua à A Nação dizendo que “a situação é complexa, mas ele espera, com a abertura, vir a ter o apoio dos bancos e do Governo. Por exemplo, o TRG não recebeu nenhum suporte das linhas COVID19 que ainda estão a aguardar aprovação”

RESPOSTA DO TRG: Devido à pandemia, o TRG não recebeu a ajuda que esperava e que temos vindo a discutir com várias entidades. O TRG também não recebeu respostas dos seus devedores para o ajudar a ultrapassar este momento que é difícil para qualquer empresa, principalmente para um grupo da sua dimensão. Pretendemos trabalhar conjuntamente com o Governo para enfrentar estes problemas, fornecendo-lhes informações relativas ao sector privado. Como referido anteriormente, já oferecemos os nossos serviços em diversas ocasiões, gratuitamente, e até ao momento não recebemos qualquer resposta. Existe uma lista extensa de bancos que prometeram apoios no passado e no presente, no entanto nenhum se concretizou.

Luis Borges Rodrigues continua à A Nação “Em relação aos alegados 80M € de receitas não declaradas, afirma categoricamente que o TRG não tem receitas não declaradas. Foram declarados todos os valores que os hotéis receberam”.

RESPOSTA DO TRG: As afirmações de Luis Borges Rodrigues estão corretas. Não devemos quaisquer impostos.